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sábado, 25 de junho de 2011

Tridimensionalidade - superfícies que se encaixam

CLAUDIA MATOS PEREIRA
JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII
Nelson Vieira da Fonseca Faria

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
O aluno será capaz de perceber as diferenças entre o bidimensional e o tridimensional, partindo do contato com a forma de linguagem da escultura.
Desenvolverá a percepção de volume e a noção de espaço ao construir sua própria escultura de papelão.
Duração das atividades
05 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
O professor deverá trabalhar préviamente as noções de linha, superfície, planos, formas bidimensionais e tridimensionais, demonstrando exemplos que façam parte do contexto cotidiano dos alunos. 
Estratégias e recursos da aula
Aula 01: Introdução ao tema
O professor poderá incentivar os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental a pesquisarem préviamente em livros, revistas ou na internet, o que seria uma escultura, sugerindo que eles descrevam um conceito, pesquisem uma modalidade de escultura e o nome de um artista, e colando uma imagem representativa em sua pesquisa, para trazerem para a sala de aula antes que a temática proposta seja explicada pelo professor.

Cada aluno poderá apresentar na aula o conteúdo encontrado, estabelecendo um diálogo e reflexões em sala sobre o tema. Este seria um primeiro aquecimento para que o professor entre no assunto da aula.

Para verificar o nível de entendimento da turma, ele poderá questionar os alunos para que estes exemplifiquem também quais são as diferenças entre as formas bidimensionais e tridimensionais. O que é volume? Quais são as três dimensões? 
Logo após o professor deverá explicar o termo "escultura" como arte que representa imagens plásticas em relevo total ou parcial. Explicar a existência de várias técnicas para se trabalhar os materiais, como a cinzelação, a fundição, a moldagem ou a aglomeração de partículas para a criação de um objeto, etc.
Indicar que vários materiais se prestam a esta arte, uns mais perenes como o bronze ou o mármore, outros mais fáceis de trabalhar, como a argila, a cera ou a madeira e materiais efêmeros como gelo, areia, papel, alimentos, etc.

O professor deve comentar que:

- através da maior parte da história, permaneceram as obras dos artistas que utilizaram-se dos materiais mais perenes e duráveis possíveis como a pedra (mármore, pedra calcária, granito) ou metais (bronze, ouro, prata). Ou que usavam técnicas para melhorar a durabilidade de certos materiais (argila, terracota) ou que empregaram os materiais de origem orgânica mais nobres possíveis (madeiras duráveis como ébano, jacarandá, materiais como marfim ou âmbar). Mas de um modo geral, embora se possa esculpir em quase tudo que consiga manter por pelo menos algumas horas a forma idealizada (manteiga, gelo, cera, gesso, areia molhada), essas obras efêmeras não podem ser apreciadas por um público que não seja contemporâneo;

- a escolha de um material normalmente implica na técnica a se utilizar. A cinzelação, quando de um bloco de material se retira o que excede a figura utilizando ferramentas de corte próprias, para pedra ou madeira; a modelagem, quando se agrega material plástico até conseguir o efeito desejado, para cera ou argila; a fundição, quando se verte metal quente em um molde feito com outros materiais. Modernamente, novas técnicas, como dobra e solda de chapas metálicas, moldagens com resinas, concreto armado ou plásticos, ou mesmo a utilização da luz coerente (laser) para dar uma sensação de tridimensionalidade, tem sido tentadas e só o tempo dirá quais serão perenes.
Aula 02: Sensibilização - apresentação de filmes
O professor poderá apresentar filmes de curta duração com diversas modalidades de escultura, motivando o olhar dos alunos para o tridimensional.
Para tal, os filmes abaixo sugeridos, apresentam esculturas em gelo, papel, bronze (Nackle), ferro (Amílcar de Castro), cerâmica (Brennand) e materiais aproveitados de queimadas, como do artista Frans Krajcberg, além do bicho de Lygia Clark.
Nackle
Lygia Clark  
Escultura inflável
Esculturas em papel
Obs.: Estes filmes despertaram muito interesse e curiosidade por parte dos alunos, o que promoveu diálogos e reflexões para a possível criação de uma escultura.
Aula 03: Despertando o olhar para o papelão como possibilidade
O professor deverá apresentar um filme rápido de uma propaganda de tv, como sugestão motivadora, que mostra um grupo de jovens com papelões e depois aparecem esculturas feitas por eles.
Deve pedir aos alunos que elaborem um projeto de escultura de papelão que seja construída a partir de formas bidimensionais que, com cortes ou sulcos em um de seus lados, permitam encaixes capazes de se fixarem, ocupando o espaço tridimensional. O desenho do projeto será feito em seu caderno e o aluno deverá criar um título para sua escultura.
O professor deverá obter e guardar caixas de papelão de supermercado para que suas faces possam ser utilizadas para recorte nas aulas seguintes. Os alunos poderão ser incentivados a trazerem caixas de papelão que tiverem em casa.
Aula 04: Realização dos projetos
O professor distribuirá pedaços de papelão aos alunos, que deverão recortar e montar, conforme seus projetos. Ele deve orientar e acompanhá-los nesta empreitada para que consigam encaixar as peças formando uma única peça.
Aula 05: Pintura das esculturas
Os alunos poderão pintar suas esculturas de papelão com um guache da cor de sua preferência, optando por tonalidades mais escuras para encobrir possíveis impressões de letras que às vezes se apresentam nas caixas, buscando um resultado satisfatório com seus trabalhos.
Logo abaixo, encontram-se algumas fotos de esculturas realizadas pelos alunos do 5º ano.
ESCULTURA 1
ESCULTURA 1
ESCULTURA 3
ESCULTURA 4
ESCULTURA 5
ESCULTURA 6
Exposição: O professor deverá montar com os alunos, a exposição das esculturas na escola, incentivando assim a produção artística e a capacidade de expressão tridimensional. 
Sugestão: Será de grande valor desenvolver outras aulas para os alunos sobre artistas brasileiros como Alejadinho e outros, como também explorar o trabalho de Mestre Vitalino com a argila em sala de aula.
Recursos Complementares
Sugestões bibliográficas:

BARBOSA, Ana Mae (org.) Ensino da Arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008. p.335.

ZANINI, Walter. Tendências da escultura moderna. 2. ed. São Paulo: Cultrix, s/data.
Alguns sites para pesquisa:
Avaliação
  • O professor deve estabelecer os critérios de avaliação de forma clara e evidente ao apresentar a proposta de trabalho aos alunos, para que tenham conhecimento do que necessitam desenvolver durante as aulas e consigam atingir os objetivos almejados. O educador deve ser um incentivador em todas as fases do processo e avaliar o interesse, participação e questionamentos apresentados pelos alunos nas reflexões sobre as obras apresentadas. Deverá acompanhá-los para analisar até que ponto envolveram-se com a proposta chegando à criação de suas esculturas, bem como a participação dos mesmos nas pesquisas iniciais. Deverá observar a capacidade criativa no desenvolvimento da tridimensionalidade, como também a habilidade em planejar e executar um projeto com coerência em sua realização.
  • O professor deverá trabalhar dentro da perspectiva da Abordagem Triangular de Ana Mae e suas seis possibilidades de articulações nas dinâmicas do Apreciar, Contextualizar e Fazer.

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