APRESENTAÇÃO.

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sábado, 25 de junho de 2011

ARTE EFÊMERA - PROJETOS URBANOS NAS PAREDES DA ESCOLA

Soraia Cristina Cardoso Lelis
UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA
Elisabet Resende de Faria

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
*Estudar a Arte Efêmera enquanto linguagem da Arte Contemporânea;
*Investigar a efemeridade na produção poética visual dos artistas Vik Muniz e Joseph Beuys;
*Criar projetos urbanos a partir de desenhos de observação e de memória com materiais não convencionais para o desenho;
*Relacionar as atividades propostas com o conteúdo de geografia - espaço e paisagem ao criar poéticas urbanas em desenho;
*Conhecer a parede como suporte para receber experiências artísticas em desenhos e pinturas.
Duração das atividades
• Quatro aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
*Apreciação estética de imagens de obras de arte;
*Arte Contemporânea
*Desenhos urbanos  
Estratégias e recursos da aula
Aula 1
Ø  Convide os seus alunos para fazerem aula no Laboratório de Informática munidos de material para registro, como lápis e papel;
 Ø   Informe aos alunos o tema a ser investigado – Arte Efêmera;
Ø  Fale o que é efemeridade. Sugestão:
 EFÊMERO – adj. Passageiro, transitório. (BUENO, Francisco de Oliveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ed. Rio de Janeiro: FAE, 1984, p. 389)   
Ø Informe o site para pesquisa virtual:
Ø  Instrua os alunos a seguirem passo a passo os links que o site oferece de modo que registrem individualmente:
- a definição ou o conceito de Arte Efêmera;
- artistas e respectivas obras em Arte Efêmera.  
 Ø  Enquanto os alunos realizam a pesquisa, salve um arquivo com as imagens de obras apresentadas no respectivo site para possibilitar a apreciação estética coletiva na aula seguinte.   
Aula 2
Ø  Proponha para que os alunos socializem as anotações feitas na aula anterior e construam coletivamente um conceito de Arte Efêmera;
Ø  Destaque os nomes dos artistas contemporâneos trazidos  no documentário/site:
*Hélio Oiticica
*Nelson Leirner
*Antônio Manuel
*Lygia Pape
*Artur Barrio            
*Cildo Meireles            
*Umberto Costa Barros  
 Ø  Reflita com os alunos sobre o happening, a performance e a instalação como meios expressivos da arte contemporânea – linguagens de apresentação transitória/efêmera e por isso sempre fotografadas enquanto registro/documentário;
 Ø  Mostre as imagens salvas em arquivo  na aula anterior e realize a apreciação estética das referidas obras, destacando título, autoria, ano de realização, técnica, medida, enfoque;
Ø  Traga para discussão a poética visual dos artistas Vik Muniz e Joseph Beuys, nas obras a seguir:  
Vik Muniz, Double Mona Lisa, manteiga de amendoim e geleia, 1999
Ø  Converse com os alunos:
*Esta obra de Vik Muniz é um retrato?  
*Vocês já viram este rosto em outro contexto? (uma ressignificação da Monalisa de Leonardo da Vinci) ;
 *A obra é um retrato em pintura... você conhece a tinta usada pelo artista? Ou não é tinta?
 *O que parece ser essa “tinta” pastosa aplicada sobre o retrato? (O artista usa elementos não convencionais na sua produção poética. Na obra em questão usa manteiga de amendoim e geleia numa reprodução da famosa Monalisa);
 *Esta obra pode ser exposta em um museu ou galeria?
*Será que o público resistiria em não tocá-la ou não cheirá-la? (Vik fotografa suas obras e expõe tais fotografias e não a obra em si que é efêmera, frágil e de curta duração);
 *Você já trabalhou em arte com algum recurso comestível? Se sim, conte-nos a sua experiência.
Joseph Beuys - Fat chair, 1964 (cadeira com gordura)
  Ø  Converse com os alunos:
*Como você definiria esta obra? (uma fotografia, uma instalação, um objeto, uma pintura, uma escultura...); Esta obra de Joseph Beuys é um objeto;
 *Você já viu essa imagem em algum lugar?
*O que o artista colocou sobre a cadeira? (espuma, borracha, cera, doce...) - O artista usou cera de abelha: Cadeira com Gordura (1963), como o nome indica, é feita com gordura (cera de abelha), representando a energia calorífica, aplicada como plano inclinado sobre o assento de uma cadeira de cozinha;
 *É uma obra contemporânea?
 *Esta obra pode  ser vista/classificada/concebida como Arte Efêmera? Por quê? (A obra é efêmera porque está exposta aos efeitos de tempo sobre a cera de abelha que pode derreter dependendo da temperatura ambiente);
 *Informe aos alunos que esta  obra ilustra a capa de um livro sobre Joseph Beuys:  
 *Alain Borer, Lothar Schirmer - 1997 - 239 páginas
 Ø  Sugestão para o professor: ·         
Veja com os alunos as aulas do Portal do Professor que trazem mais detalhes sobre os artistas em questão:
 *A importância da relação entre a biografia e os materiais na poética de Joseph Beuys.   
Autoria: Luís Felipe de Souza Carbo  
 *Desenho ou ilusão: vamos soltar a imaginação?
 Autoria: Juliana Gomes de Souza Dias
Ø  Proponha aos alunos a construção de cartazes com informações sobre os  artistas Joseph Beuys e Vik Muniz.
Sugestão após as investigações:
*Joseph Beuys (Artista alemão - 1921, Krefeld e 1986, Düsseldorf) Beuys é considerado o artista plástico alemão mais importante depois da Segunda Guerra Mundial. Partindo das oposições razão-intuição, frio-calor, ele trabalhou para o restabelecimento da unidade entre cultura, civilização e vida natural, revolucionando as ideias sobre a escultura.
* Vik Muniz (São Paulo – 1961) é um artista brasileiro. Mora nos EUA desde 1983, onde fez sua 1ª exposição individual em 1989 na Stux Gallery em Nova York. É reconhecido internacionalmente por utilizar a fotografia em suas obras como suporte para experiências que combinam escultura, pintura e desenho, e por agregar novas tecnologias a processos manuais de produção de arte.
Fonte: O que nos resta para além da festa? Ensaio Crítico sobre a obra Sócrates de Vik Muniz – Autoria: Márcia Maria de Sousa
Aula 3
Ø   Retome os materiais não convencionais usados nas obras dos artistas Vik Muniz e Joseph Beuys (geleia, cera de abelha, manteiga de amendoim);
Ø  Convide os alunos ao pátio para experimentarem um recurso plástico e um suporte não convencionais ao desenho artístico na escola;
Ø  Apresente as paredes da escola como suporte e o giz industrializado (para uso em lousa) como recurso e meio para a proposta;
Ø  Dirija o olhar para o entorno da escola e chame os alunos para observarem a vista urbana que se tem a partir do pátio – enumere com eles as edificações, o paisagismo e os aspectos arquitetônicos presentes ali;
* Aproveite o exercício de observação para sondar os alunos a respeito do que aprenderam no conteúdo de geografia sobre espaço e paisagem urbana;
 Ø  Solicite aos alunos a escolha de um espaço escolar para registrarem seus desenhos, lembrando que estes poderão vir da observação individual do entorno da escola ou de memória, sendo o conjunto das imagens criadas  uma composição única, coletiva;
Ø  Fotografe as produções dos alunos para reflexão na aula seguinte.  
 Aula 4
Ø Reúna os alunos no pátio para apreciação do trabalho realizado na aula anterior;
Ø Pergunte se os desenhos realizados com giz sobre as paredes ainda estão ali – aqui você abre um parênteses, aproveitando para falar de arte efêmera (Por que não estão? Quanto tempo ficaram aqui? Choveu? Ventou muito? Por que não estão mais lá? Lavaram a parede? Será que apagaram?
Ø Apresente o conceito de  efemeridade: Aquilo que é passageiro, frágil, de curta duração. Em arte, aquela proposta artística que pode ser rápida e facilmente destruída, consumida pelo tempo  - vento/chuva  (obras em gelo, areia, papel, giz, carvão), consumida por insetos (obras em açúcar, farinha, doce), etc.
*O que é EFEMERIDADE? – transitoriedade.  (BUENO, Francisco de Oliveira.  Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11. ed. Rio de Janeiro: FAE, 1984, p. 389).
 Ø   Mostre aos alunos as fotografias da aula anterior, referendando a importância do registro fotográfico para esta linguagem artística, tendo-se em vista a permanência da obra exposta às intempéries do tempo como chuva, sol, frio, calor, bem como a interferência humana, dentre outros;
Projetos urbanos nas paredes da escola - Alunos do 5º Ano 2008 – ESEBA/UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis  
Projetos urbanos nas paredes da escola - Alunos do 5º Ano 2008 – ESEBA/UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis  
 Ø Fale sobre a curta duração da arte efêmera, geralmente exposta ao tempo, ao trânsito de pessoas e à fragilidade do material utilizado na sua construção;
Ø Conclua as reflexões sugerindo aos alunos para que escrevam individualmente o que é arte efêmera, como pode ser registrada, qual a sensação frente à sua fragilidade e pouca permanência;
Ø Monte um painel onde os alunos possam anexar suas impressões após a socialização dos registros individuais.
Recursos Complementares
 * Composição – arranjo ou disposição de todos os elementos de um quadro, a fim de criar um todo agradável ou satisfatório. (LAMBERT, Rosemary. A Arte do Século XX. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1984, p.86)
* Suporte – Material que serve de base – o papel para o desenho, a tela para a pintura, etc.(SANTOS, Denise. Orientações Didáticas em Arte Educação. Belo Horizonte: C/Arte: FHC/Fumec, 2002. p.92)
Avaliação
Além das conversas permanentes e autoavaliação, propõe-se a apreciação coletiva das produções artísticas e o processo autoral de cada aluno nas atividades desenvolvidas, verificando os experimentos, a criatividade, o interesse pela descoberta, a aplicação do conteúdo estudado nas construções elaboradas a partir do referencial teórico-plástico proposto, bem como o retorno dos alunos  quanto ao processo desenvolvido e o conhecimento adquirido a partir de tais vivências.

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